quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O que era bom se acabou

O que era bom se acabou     

            

Lembro-me da bela praça. Praça que eu encontrava com meus amigos para colocar os papos em dia. Também vivia com as meninas passeando e até mesmo namorando. Esse sim, era um lugar que todo jovem gostava de ficar apreciando; seja, ganduense ou visitante.
           Ah! Que praça! Admirava seus verdes, sua fonte luminosa transmitia encantos, brilho para aqueles que a apreciavam.  Que saudade da velha amiga que servia como palco dos casais apaixonados! É triste vê - la nesse estado tão decadente. Sem cor, sem brilho, sem alma, preste a morrer.
            Que falta me faz!  Hoje só posso lamentar. Pobre Praça São José, que era bela na minha primavera e hoje, nos meus dias de outono vivo um dilema; a praça é refém do descaso. E que descaso! Uns veem como se não tivesse mais vida, sem solução, destinada ao calvário, outros acreditam que a ressurreição é impossível.  E, eu penso que um dia ressurgirá das cinzas.
            Assim, termino com um aperto no coração dizendo: minha querida praça, espero que os olhos daqueles que mandam em você venham recuperá-la; para que outras primaveras  possam usufruir do teu aconchego, pois  sei  o quanto   a cidade se alegrava  em vê -la novamente de pé.

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