quinta-feira, 4 de novembro de 2010

RESGATE: AQUELAS MEMÓRIAS

                             RESGATE: “Aquelas Memórias”.

Certo dia, estava em casa a costurar naquela máquina, fechei os olhos e comecei a lembrar do meu tempo de adolescente, da infância, hum... que tempo bom, aquele modo de viver, de namorar...
O jeito de namorar era muito por debaixo do pano, beijo só na testa ou na mão, se beijasse na boca o povo já pensava que o garoto tinha outras intenções.
Lembro-me também do modo de viver, eu tinha onze irmãs e cinco irmãos. Nós vivíamos a trabalhar para poder nos divertirmos. Ai, que saudade daqueles finais de semana, durante os quais íamos para festa, onde meu pai era o sanfoneiro, para conhecermos novas pessoas e falar com nossos amigos.
Em minha família, que mais gostava de festas e micaretas era eu e minha irmã Altiva. Nós trabalhávamos de festa em festa, quando recebíamos o dinheiro íamos para a casa de meu avô ou para casa das primas em Gandu; a gente dançava tanto que quando íamos retornar para a Fazenda Posso Dantas, nossos pés tinham cada calo enormes que ficamos umas três semanas sem calçar sapatos. Apesar disso ficávamos muito felizes.
Quando dava o mês de setembro, meu pai ia comprar panos para fazer roupas para nós usarmos em Natal, Ano e Rei. Minha mãe costurava todas as roupas, três vestidos para cada menina e ela; três blusas e três calças para os meninos e papai, pense aí a trabalheira, ela fazia cada vestidinho de cintura, de manguinha e sem decote, que saudade daquela moda.
Estou aqui a lembrar também dos estudos, os quais tive oportunidade, só que preferi não aproveitar, pois que namorasse saía da escola eu namorei né. Mas, tive uma oportunidade. Agora com 63 anos completei o 2º grau do Ensino Médio e também estou lutando para entrar em uma faculdade de Nutrição.
Recordo-me dos pratos que mamãe fazia, aprendi a fazer quando adolescente um bolo muito gostoso, o Bolo de Aipim, hum... que delícia: feito com leite, manteiga, ovo de galinha da terra. Meu bolo faz muito sucesso!
Minha mãe já nos ensinava a fazer várias colchas, aprendi a fazer umas colchas os nomes: colcha de Rechiliê e Ponto de Matiz. Era uma coisa mais linda, ainda sei fazer, só basta o tempo.
Aí que saudade da minha adolescência! Pena que não pode voltar mais, foi muito legal relembrar.

Esse texto literário foi produzido pela aluna Beatriz Barreto dos Santos que cursa a 7ª série com dados pessoais de sua avó Elza Maria Vieira Barreto que nasceu em 14/12/1945. 
 Orientadora: Professora Ednalva Rodrigues

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